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Em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, Susana Muhamad afirmou que a mobilização de recursos continua sendo um dos temas mais difíceis discutidos na COP de Cali, devido às opiniões tão diferentes das partes envolvidas.
No entanto, a representante destacou que houve grandes avanços nas negociações durante a primeira semana de conversas. “Estamos vendo grandes progressos nas negociações”, ressaltou.
No domingo, António Guterres, secretário-geral da ONU, fez um apelo aos 196 signatários da Convenção sobre a Biodiversidade para que passem das palavras aos atos e aumentem o aporte ao Fundo Global para a Biodiversidade (GBFF), criado no ano passado para cumprir os objetivos da ONU.
Até o momento, os países se comprometeram a contribuir com cerca de 250 milhões de dólares (R$ 1,4 bilhão) para o fundo, de acordo com agências responsáveis pela supervisão do processo.
Segundo o Marco Global de Biodiversidade (GBF) de Kunming-Montreal, finalizado em 2022, os países devem mobilizar anualmente pelo menos 200 bilhões de dólares (R$ 1,13 trilhão) até 2030 para proteger a biodiversidade, incluindo US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) anuais até 2025 dos países desenvolvidos para auxiliar as nações em desenvolvimento.
Um dos objetivos-chave da COP de Cali é estabelecer um mecanismo para compartilhar os lucros derivados da informação genética obtida de plantas e animais – como para uso medicinal – com as comunidades de origem.