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Nos últimos anos, a cidade de São Paulo tem passado por transformações significativas, impulsionadas principalmente pela iniciativa privada. Menos de 20 retrofitagens, comércios, casas de shows e prédios novos surgiram, mostrando uma aposta no futuro incerto. Enquanto isso, a prefeitura se manteve tímida, com entregas consideradas meia-boca. Desde a reforma dos calçadões até o novo Anhangabaú, incluindo as medíocres entregas do Arouche e o “mirante” da Praça Roosevelt, percebe-se uma falta de ousadia e eficiência por parte do poder público.
A Secretaria de Cultura, sob a gestão de Nunes, não conseguiu dar vida aos estatizados Cine Marrocos e Art Palacio, nem finalizar o restauro da Vila Itororó. Apesar de sediar a Virada Cultural mais cara do mundo, com um custo de R$ 60 milhões em um fim de semana, a atração não conseguiu conquistar um público expressivo. É notável a falta de apoio a políticas culturais fora dos editais, demonstrando uma falta de impacto e originalidade por parte dos gestores.
O governo de Nunes foi marcado por uma falta de oposição significativa, com adversários surgindo apenas às vésperas das eleições. Isso resultou em uma gestão sem contrapontos, refletida em votações favoráveis na Câmara Municipal, inclusive com o apoio do PT. A omissão de oposicionistas diante de questões cruciais, como a concessão de ônibus e os desastres urbanísticos do Minha Casa Minha Vida, levanta questionamentos sobre o comprometimento com a cidade e seus habitantes.
A última gestão petista em São Paulo foi marcada por crises na saúde, educação e habitação, além de casos de corrupção e descaso com serviços públicos. A atual administração, mesmo sem grande brilhantismo, não sucateou os serviços como observado anteriormente. A falta de memória ou desconhecimento sobre a situação da cidade em 2016 pode causar surpresa diante dos efeitos das políticas implementadas nos últimos anos.
É evidente que a oposição, que durante muito tempo focou em questões nacionais e internacionais, precisa se aproximar das demandas locais. A falta de conhecimento e comprometimento com projetos como a ponte de Pirituba demonstra uma desconexão entre políticos e a realidade das regiões da cidade. É fundamental que os representantes entendam as necessidades e desafios do município para efetivamente promover mudanças positivas e significativas para a população.