A ministra da Segurança da Argentina identifica chefe do Hezbollah na América Latina
No último dia 25, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, revelou que Hussein Ahmad Karaki foi identificado como o chefe do Hezbollah na América Latina. Ele seria o responsável pela explosão de um carro-bomba na embaixada de Israel em Buenos Aires, em 1992.
Hussein Ahmad Karaki, que também usava os nomes falsos de Alberto Leon Nain e Elías Ribeiro Da Luz, circulava pelo Brasil e pelo Paraguai e estaria envolvido em planos de atentados nesses países. Atualmente, ele vive no Líbano, de acordo com a ministra.
O governo argentino afirmou que Karaki agia sob ordens diretas de Hassan Nasrallah, líder do grupo xiita libanês até sua morte recente após um ataque de Israel em Beirute.
“É um baque muito forte mostrar a cara dele e dizer onde ele está”, disse Bullrich durante uma entrevista coletiva. A ministra ainda informou que os documentos utilizados por Karaki foram fornecidos pela ditadura de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela.
A ministra pretende solicitar à Interpol que inclua o nome de Karaki em sua lista de procurados.
Operação Trapiche
Poucos dias após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, a Polícia Federal deflagrou a operação Trapiche, que resultou na prisão de três pessoas. A investigação visava a atuação do Hezbollah no recrutamento de brasileiros para atividades preparatórias de terrorismo, já que o grupo libanês é aliado do Hamas na luta contra Israel.
O Hezbollah estaria planejando ataques a alvos israelenses em países da América Latina, e dois dos suspeitos estavam no Líbano no momento da operação. A identidade de líderes ou responsáveis não foi divulgada.
