Censo Demográfico 2022 revela mais de 1,3 milhão de óbitos no Brasil, com destaque para diferenças de gênero e idade.
A pesquisa revelou que o número de óbitos apurado pelo Censo foi menor do que o indicado pelo Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM). Este fato pode ser atribuído a diversos fatores, como erros de memória por parte dos entrevistados, dificuldades de um Censo verificar óbitos em domicílios unipessoais e a possibilidade de óbitos terem sido informados mais de uma vez.
Izabel Marri, representante do IBGE, destacou a importância de considerar também as informações dos registros civis, que são mais completos do que os óbitos relatados no Censo. Ela ressaltou que os óbitos registrados em domicílios unipessoais tendem a ser subdeclarados, mas que métodos demográficos podem ser empregados para contornar essa questão e utilizar as informações disponíveis.
A pesquisa também analisou a distribuição dos óbitos de acordo com o sexo e a idade das vítimas, revelando que, até a faixa etária de 75/79 anos, a mortalidade masculina supera a feminina, mudando a proporção a partir dos 80/84 anos. Destacou-se que na faixa etária de 15 a 34 anos, as principais causas de morte entre os homens foram externas ou violentas, como homicídios, suicídios e acidentes de trânsito.
Além disso, o estudo identificou diferenças na proporção de óbitos por sexo em diferentes estados do país. O Tocantins apresentou a maior sobremortalidade masculina, enquanto o Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul registraram as menores taxas. Considerando a relevância dos dados coletados no Censo 2022, a pesquisa contribuirá para a avaliação dos indicadores de saúde da população brasileira e orientação de políticas de enfrentamento da mortalidade em distintos grupos de idade.
