O laboratório PCS LAB possui duas unidades no estado do Rio de Janeiro, uma em Nova Iguaçu e outra em Belford Roxo, de acordo com informações disponíveis em seu site oficial. Os exames que geraram falsos negativos foram realizados na unidade de Nova Iguaçu. O Ministério da Saúde informou que a unidade operacional do laboratório está localizada no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (IECAC).

Todos os testes realizados pelo laboratório foram encaminhados para uma nova análise no Hemorio, hemocentro do Estado do Rio de Janeiro. Além da reteste e da interdição da unidade, medidas já anunciadas pela Secretaria de Saúde do Rio, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, determinou uma auditoria urgente pelo Denasus (Departamento Nacional de Auditoria do SUS) e assistência especializada aos pacientes e familiares afetados.

Nísia Trindade classificou o incidente como uma “grave situação adversa”. Ela afirmou: “Prestaremos toda a assistência a essas pessoas e a seus familiares, reforçando o compromisso do Ministério da Saúde em garantir a segurança, eficácia e qualidade do Sistema Nacional de Transplantes do Brasil.”

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro informou que está realizando um rastreamento e reavaliação de todas as amostras de sangue armazenadas dos doadores desde dezembro de 2023, data da contratação do laboratório. Uma sindicância também foi aberta para identificar e punir os responsáveis, conforme comunicado enviado ao UOL.

Segundo o contrato firmado em dezembro, a PCS LAB receberia quase R$ 11,5 milhões em um ano pelos serviços de análise clínica e anatomia patológica em unidades de saúde do Rio de Janeiro. O valor inicial era de R$ 9.799.836,03, porém foi ajustado para R$ 11.479.295,07 após a inclusão de mais duas unidades de saúde em fevereiro.