Operação da PM termina com dois mortos e quatro feridos na zona norte do Rio de Janeiro, em confronto na comunidade.

A ação policial teve início ainda pela manhã no Complexo de Israel, em Cordovil, e se deparou com forte resistência dos criminosos que dominam a região, conforme relatou a porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Claudia Moraes. O confronto entre as forças de segurança e os criminosos resultou não só em mortes e feridos, mas também na interrupção do tráfego na Avenida Brasil e na suspensão da circulação de trens, ônibus e BRT na região, além do fechamento de escolas e postos de saúde.
Diante da consequência para a população e a cidade, os policiais decidiram suspender a operação, mas não sem dificuldades, já que foi necessário um tempo para garantir a saída segura da comunidade. A reação dos criminosos surpreendeu a polícia, que não esperava tamanha resistência naquela região.
A Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Alerj criticou a operação, alegando falta de planejamento e impacto negativo na população. O prefeito Eduardo Paes classificou o episódio como mais um dia de vergonha para a cidade. Segundo dados do Instituto Fogo Cruzado, somente este ano ocorreram 61 tiroteios nos arredores da Avenida Brasil, totalizando mais de 1.500 confrontos armados na região nos últimos oito anos.
A porta-voz da PM explicou que a operação tinha como objetivo combater roubos de veículos e cargas, além de enfrentar a atuação criminosa com domínio territorial na região. A dificuldade de empresas de comunicação em estabelecerem sinal de internet e telefonia no local também foi mencionada como motivo para a ação.
Os nomes das vítimas fatais ainda não foram divulgados pela polícia. A operação, que resultou em mortes e feridos, gerou críticas e levantou questionamentos sobre a segurança pública no Rio de Janeiro. A violência e os impactos na vida da população são temas que continuam preocupando as autoridades e a sociedade carioca.