Intenção de Consumo das Famílias apresenta queda de 0,6% em outubro, o quarto resultado negativo consecutivo, aponta CNC
De acordo com a CNC, todos os componentes analisados na pesquisa tiveram queda, exceto a Perspectiva Profissional, que se manteve estável. O Momento para Duráveis foi o que teve a maior redução, com uma queda anual de 1,8%. Entre os itens analisados, o Emprego Atual obteve a maior pontuação na ICF, demonstrando a satisfação dos trabalhadores. Por outro lado, a Perspectiva Profissional foi a única categoria que não apresentou redução na comparação mensal.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destacou que os consumidores estão mais cautelosos em relação ao consumo, com a queda na intenção de adquirir bens duráveis e uma perspectiva diminuída em relação ao emprego. Ele ressaltou que o aumento da taxa básica de juros, iniciado pelo Banco Central para conter a inflação, influenciou diretamente a desaceleração do consumo das famílias, assim como a incerteza em relação aos ajustes fiscais do governo.
Esses fatores têm um impacto direto na expectativa de consumo, levando os consumidores a agirem de forma mais prudente em relação às suas finanças e a se tornarem mais seletivos em suas compras. O clima de apreensão em relação ao futuro econômico do país também influencia a decisão de consumo das famílias, que tendem a reduzir seus gastos em momentos de incerteza. Com isso, o acesso ao crédito também é impactado, desestimulando o consumo e refletindo diretamente no índice de Intenção de Consumo das Famílias.
