No caos logístico da BR-319: a falta de infraestrutura compromete a economia da região
O desabamento das pontes na BR-319, rodovia que liga Manaus a Porto Velho, vem causando transtornos para os motoristas que precisam transitar pelo local. Mesmo com a alternativa das balsas, a falta de adequação dessas embarcações para atender a demanda tem gerado filas kilométricas e prejuízos para o transporte de mercadorias.
No início de outubro, caminhoneiros enfrentaram longas filas e esperas de até oito dias para conseguir atravessar o Rio Igapó-Açu utilizando as balsas disponíveis. A situação caótica no transporte de cargas resultou em aumento dos custos operacionais, que foram refletidos no preço final dos produtos, como frutas, verduras e demais alimentos provenientes de outros estados.
Com o desafio de reconstruir a rodovia, surge também a preocupação com os impactos ambientais que essa ação pode causar. A biodiversidade da região está em risco devido às possíveis consequências negativas relacionadas à reconstrução da BR-319.
Importância econômica da reconexão
Representantes da indústria e do comércio de Rondônia e Amazonas têm grandes expectativas em relação à reconstrução da BR-319. A interligação rodoviária entre os estados seria fundamental para facilitar o acesso dos empresários de Rondônia ao mercado de Manaus, permitindo a oferta de uma variedade de produtos em um tempo reduzido.
A recuperação da rodovia possibilitaria uma redução nos custos de transporte e uma melhoria na qualidade dos produtos, já que muitos itens são atualmente enviados por avião, provenientes da Ceasa em São Paulo. Com isso, a economia da região poderia ser impulsionada e as oportunidades de negócios ampliadas.
