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Operação do Ibama destrói 215 escavadeiras de garimpo ilegal em terra indígena na fronteira com a Bolívia, gerando prejuízo de R$ 300 milhões.

No território violento na fronteira do Brasil com a Bolívia, as operações do Ibama estão em ação para conter o avanço do garimpo ilegal, agora com o suporte de milícias e do crime organizado.

Na terra indígena Sararé, habitada pelo povo Nambikwara, 215 máquinas escavadeiras de grande porte foram destruídas desde janeiro do ano passado, em meio a ações de enfrentamento ao crime em um território de 67 mil hectares.

Além das escavadeiras, foram destruídos ou apreendidos veículos, caminhões, tratores de esteira, e outros equipamentos, totalizando um prejuízo de R$ 300 milhões, entre janeiro de 2023 e outubro de 2024.

Apesar das ações, o garimpo ilegal ainda persiste na região, com estimativas de cerca de 2.000 garimpeiros atuando dentro do território demarcado, uma atividade considerada ilegal.

O ambiente conflagrado na terra indígena envolve milícias e membros do Comando Vermelho, que controlam o tráfico de drogas e do ouro ilegal nessa parte da fronteira. A intensificação das operações resultou na apreensão de armas de fogo e munição.

O Ibama decidiu intensificar as operações e conta com o apoio de outras forças de segurança para combater a exploração mineral irregular e o garimpo ilegal na região.

Desde 2023, o Ibama realizou diversas operações de fiscalização ambiental na região, que vem sofrendo com invasões constantes para exploração de ouro, culminando em um recorde de alertas de garimpo este ano.

Em um recente confronto entre garimpeiros e agentes na terra indígena Sararé, cinco pessoas perderam a vida, evidenciando a gravidade da situação e a necessidade de medidas mais enérgicas para combater o garimpo ilegal.

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