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Negociações entre Globo e Liberty Media deixam em aberto retorno da F1 em 2025, mesmo com contrato vigente com a Band.

Aracaju

A possibilidade de retorno da F1 para a Globo em 2025 ainda não está completamente descartada. Apesar da Band afirmar que irá cumprir o contrato existente, informações de bastidores indicam que a emissora ainda mantém conversas ativas sobre o assunto.

Segundo apurado pela coluna, executivos da Globo foram informados pela Liberty Media que as negociações e a possibilidade de rescisão do contrato entre a empresa americana e a TV de Johnny Saad ainda estão em andamento. Apesar de um acordo para pagamento de pendências, a relação entre Band e Liberty está desgastada.

O principal obstáculo é a multa de rescisão. A Liberty acredita que a Band está adotando uma postura mais rígida e o comunicado oficial sobre a manutenção das corridas até 2025 pode ser uma estratégia da emissora para negociar. Por isso, a empresa responsável pela F1 não se pronunciou publicamente sobre o assunto, apenas indicando que as possibilidades para 2025 ainda estão sendo discutidas.

Para a Globo, a Liberty garantiu que resolverá a situação e está em negociação sobre os termos da transferência dos direitos para 2025. Assim, a situação se tornou uma disputa de forças. A Band prometeu quitar as parcelas e qualquer pendência, mas caso o retorno da F1 para a emissora não aconteça em 2025, a Globo e a Liberty já estão alinhadas para uma possível volta em 2026.

Questionada, a Liberty Media não quis comentar o assunto. Sobre a brincadeira feita no Upfront 2025 envolvendo a Fórmula 1, a Globo afirmou que nunca anunciou oficialmente a categoria.

“Há algumas semanas, surgiram rumores de que a F1 retornaria para a Globo, e durante o Upfront, brincamos com essa expectativa exibindo um ‘será?’ no telão, enquanto um carro de corrida chegava ao palco”, explicou a emissora.

A crise entre Band e Liberty Media teve início em 2023, quando a empresa enfrentou dificuldades para realizar os pagamentos acordados. Após uma mudança no contrato devido a uma proposta do SBT, a Band concordou em pagar diretamente pelo evento, por um valor de US$ 15 milhões (R$ 84,3 milhões) por temporada.

Com essa alteração, a Band começou a enfrentar problemas para cumprir com seus compromissos. Um caso específico, ocorrido no ano anterior, gerou ainda mais problemas. Uma casa de apostas comprou uma cota de patrocínio de R$ 20 milhões, mas não efetuou o pagamento, resultando em prejuízo para a emissora e uma disputa judicial.

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