Lula defende criação de meios de pagamentos alternativos no Brics para reduzir vulnerabilidades no sistema financeiro internaci
Durante seu discurso, Lula abordou temas recorrentes em suas aparições em fóruns internacionais, como o combate às mudanças climáticas, a crítica a guerras no Oriente Médio e Leste Europeu, a defesa da taxação dos super-ricos e a democratização de marcos multilaterais. Além disso, ele destacou a importância da criação do Mecanismo de Cooperação Interbancária, que visa estabelecer linhas de crédito em moedas locais para reduzir os custos de transações para pequenas e médias empresas.
A cúpula também marcou a participação dos cinco novos membros que ingressaram no bloco este ano: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Com as negociações em andamento para reduzir a dependência do dólar no comércio entre os países do Brics, o presidente destacou a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), instituição financeira controlada pelo bloco, que já investiu US$ 33 bilhões em quase 100 projetos de infraestrutura.
O Brasil assume a presidência do Brics em 2025, e Lula reafirmou a necessidade de modernizar as instituições de governança global e democratizar o acesso a tecnologias. Ele enfatizou a importância da cooperação entre os países membros do bloco para promover relações menos assimétricas e fortalecer o diálogo em busca de objetivos comuns. Além disso, ele ressaltou a urgência de ações conjuntas para combater as mudanças climáticas e reduzir as desigualdades globais.
A presidência brasileira do Brics terá como lema “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”, refletindo o compromisso do país em promover uma agenda voltada para a colaboração e o desenvolvimento sustentável. A atuação do Brasil no bloco demonstra a importância de uma abordagem multilateral e solidária para enfrentar os desafios globais atuais.