Laboratório PCS Labs Saleme: Prisão de sócios e funcionários por responsabilidade em exames equivocados de órgãos infectados com HIV.

Matheus se entregou à polícia nesta quarta-feira (23) e seu advogado, Afonso Destri, considerou a decisão de prisão ilegal, afirmando que não há fundamentos concretos que justifiquem a medida. Além dos sócios, os funcionários Adriana Vargas dos Anjos, Jacqueline Iris Barcellar de Assis, Ivanilson Fernandes dos Santos e Cleber de Oliveira Santos também tiveram suas prisões decretadas.
Os seis acusados estão respondendo por lesão corporal de natureza grave que resultou em doença incurável, organização criminosa e falsidade ideológica. Jacqueline ainda enfrenta acusações de falsificação de documento particular. Segundo denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o resultado do exame de sangue do doador de órgãos, que era soropositivo, foi alterado devido à degradação dos reagentes que detectam o vírus.
O MPRJ alega que os acusados tinham conhecimento da degradação dos reagentes devido ao tempo prolongado de uso, o que comprometia a precisão dos resultados dos exames. O controle de qualidade dos reagentes, que antes era feito diariamente, passou a ser realizado semanalmente no início deste ano, visando redução de custos, o que contribuiu para a ocorrência dos erros nos exames.
A defesa dos acusados promete impetrar recursos legais contra a prisão preventiva, alegando falta de fundamentação legal e justificativa para a medida adotada pela 2ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. A investigação segue em andamento para apurar todas as responsabilidades no caso e garantir a punição adequada aos envolvidos.