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Repetição de julgamento de Weinstein em Nova York gera surpresa e expectativa
A justiça de Nova York determinou a necessidade de repetir o julgamento no qual Harvey Weinstein foi condenado em 2020 por estupro e agressão sexual a uma atriz, além de realizar sexo oral forçado em uma assistente de produção. O caso foi anulado em abril devido a um erro processual, e agora o ex-produtor enfrentará novamente a justiça. Na ocasião, Weinstein recebeu uma sentença de 23 anos de prisão, mas agora terá que passar por um novo julgamento.
O juiz responsável pelo caso também decidiu que será incluída uma nova denúncia de agressão sexual, apresentada em setembro, pela qual Weinstein se declarou inocente. Seu advogado, Arthur Aidala, demonstrou surpresa e decepção com a decisão de unir os dois casos em um só julgamento. Aidala espera que o processo ocorra “no final do inverno ou início da primavera”, como afirmou à imprensa após a audiência.
O advogado de Weinstein não entrou em detalhes sobre a saúde de seu cliente, mas ressaltou que ele é um “lutador” e irá enfrentar o caso com determinação. Aidala também declarou que espera que as autoridades prisionais forneçam a Weinstein o tratamento adequado e digno que qualquer ser humano merece.
As acusações contra Weinstein desempenharam um papel fundamental no movimento #MeToo, que ganhou força em 2017 como uma forma de luta das mulheres contra os abusos sexuais no ambiente de trabalho. Mais de 80 mulheres acusaram o ex-produtor de assédio, agressão sexual e estupro, incluindo nomes conhecidos como Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow e Ashley Judd. Weinstein, por sua vez, alegou que as relações sexuais em questão foram consensuais.