Indenização de R$ 30 mil para atingidos por desastre de Mariana gera críticas à Lula e ao governo – Liderança quilombola se manifesta

A liderança quilombola Simone Silva, integrante da comissão dos atingidos pelo desastre de Mariana em 2015, fez duras críticas ao valor de R$ 30 mil oferecido como indenização às famílias afetadas pela tragédia. Em declarações contundentes, ela expressou sua decepção com o governo do ex-presidente Lula (PT), afirmando que não esperava essa postura.

Em um pronunciamento realizado no Parlamento britânico, Simone, representante da Comunidade de Gesteira e membro da Comissão de Atingidos de Barra Longa (MG), lamentou a atitude do governo e mencionou a falta de acolhimento aos atingidos. A líder quilombola destacou que o presidente Lula, conhecido por sua defesa dos direitos sociais, não agiu em favor das vítimas do desastre de Mariana, deixando milhões de pessoas desamparadas.

Ao participar de um julgamento no Reino Unido, no qual as vítimas pedem reparações financeiras pelos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, Simone criticou a falta de diálogo e a ausência de representatividade dos atingidos nos processos de negociação. Ela mencionou a falta de sensibilidade das autoridades diante do sofrimento vivido pelas comunidades afetadas.

Além disso, Simone rebateu declarações de representantes do poder público que afirmaram que o acordo de repactuação era positivo. Para ela, a melhoria proposta não beneficia efetivamente os atingidos, que continuam sofrendo as consequências do desastre e lutando por seus direitos. A líder quilombola também trouxe à tona a questão da falta de assistência médica adequada, citando o caso de sua filha Sofya, que sofre sequelas de intoxicação decorrente do acidente.

Em meio às críticas, Simone defendeu que parte dos recursos destinados a melhorias de rodovias sejam direcionados às comunidades atingidas, visando garantir a segurança e o bem-estar dessas populações vulneráveis. A líder quilombola encerrou seu discurso com um apelo por justiça e compromisso com a reparação integral dos danos causados, alertando para a importância de medidas efetivas para evitar novas tragédias.


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