O superávit primário representa a economia de recursos do governo para pagar os juros da dívida pública. As metas estabelecidas pelo governo brasileiro indicam um déficit zero em 2024 e 2025, com margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
No entanto, as projeções do FMI apontam que o Brasil não conseguirá atingir essas metas. O Fundo Monetário projeta um déficit primário de 0,5% do PIB em 2024, 0,7% do PIB em 2025 e 0,6% em 2026. Somente em 2027, o país alcançaria um superávit primário de 0,1% do PIB.
O relatório divulgado pelo FMI apresentou um cenário otimista em relação ao déficit em 2024, com uma estimativa de 0,6% do PIB. No entanto, as projeções para os anos seguintes pioraram em comparação com a versão anterior. Antes, o país teria um déficit de 0,3% do PIB em 2025, alcançaria o déficit zero em 2026 e obteria um superávit primário de 0,4% do PIB em 2027.
Além disso, o FMI também revisou as projeções para o endividamento público nos próximos anos. Estima-se um aumento da dívida pública bruta, que pode chegar a 97,6% do PIB em 2029. O Brasil ocupa o sexto lugar em um grupo de 38 países emergentes em relação ao tamanho da dívida pública, segundo o Fundo Monetário.
Diante desse cenário, o FMI recomendou ações urgentes de ajuste fiscal nos países mais endividados, incluindo o Brasil. Medidas de aumento da arrecadação foram destacadas como essenciais para garantir o desenvolvimento sustentável e combater a pobreza. O Fundo Monetário também sugeriu a racionalização de isenções fiscais como uma medida importante para países como Brasil, Egito e Quirguistão.
Essas previsões do FMI são de extrema importância para orientar as políticas econômicas dos países e garantir uma gestão financeira responsável e adequada.
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