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Enel tenta barrar discussão sobre novas regras do setor de energia em São Paulo após temporal na capital.

Enel tenta barrar novas regras para empresas de energia em eventos climáticos extremos

A distribuidora de eletricidade Enel, atuante na cidade de São Paulo, está se posicionando contrária à ideia de aumentar a responsabilização das empresas de energia em eventos climáticos extremos. O embate acontece em meio à discussão sobre novas regras do setor elétrico, que poderão influenciar os futuros contratos do segmento pelos próximos 30 anos.

Nesta segunda-feira (21), a Enel foi intimada em um processo que pode resultar na perda do contrato devido à sua conduta após um temporal na capital paulista neste mês. A empresa, de controle italiano, emitiu posicionamento durante uma coleta de opiniões promovida pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) este ano, argumentando contra uma maior responsabilização das concessionárias nas novas normas.

A discussão ganha relevância diante da crescente frequência e intensidade de eventos climáticos, colocando em risco a entrega do serviço de energia. A Enel defende que as interrupções decorrentes de eventos extremos e situações de emergência não podem ser imputadas às distribuidoras, citando a Lei 8.987 de 1995.

Além disso, a empresa destaca a interpretação mais flexível de “força maior” em outros países, como na Itália, onde não é necessário uma entidade pública declarar a existência de eventos extremos. A Enel propõe um mecanismo de incentivo positivo para as empresas em vez de maior responsabilização.

A recomendação para uma consulta pública sobre a resiliência da infraestrutura em eventos climáticos foi assinada pela Aneel, que também abriu consulta sobre a renovação dos contratos de concessão de distribuição. A Enel e outras 18 empresas têm seus prazos de concessão vencendo entre 2025 e 2031, com o governo federal planejando antecipar a prorrogação sobre novas bases.

O novo modelo de contrato propõe metas para recompor o serviço após eventos climáticos extremos, considerando a modernização do setor diante dos desafios apresentados. O ministro de Minas e Energia destacou a necessidade de planejamento para emergências climáticas e eventos severos, sinalizando mudanças nas penalidades e responsabilidades das concessionárias.

A Enel reitera seu compromisso em robusto plano de investimentos para aumentar a qualidade dos serviços, alinhando-se às expectativas das autoridades e aos desafios apresentados pelas mudanças climáticas. A Abradee também destaca a importância do aprimoramento das regras dos contratos e a melhoria do serviço prestado diante dos novos desafios apresentados pelos eventos climáticos extremos.

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