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Brasileiros pedindo refúgio político na Argentina se dizem tranquilos com novas regras do governo Milei

Bolsonaristas se dizem tranquilos

Com o slogan de “Viva a liberdade, carajo”, jargão do presidente Javier Milei, o brasileiro Saymon Castro, que está pedindo refúgio político na Argentina, se diz tranquilo sobre as novas regras no país. Ele é acusado de ser um dos articuladores da tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro, mas se diz inocente. “Para a gente continua a mesma coisa, porque nós somos perseguidos políticos e não cometemos crimes comuns”. “Seguimos firmes e fortes. E viva a liberdade, carajo”, exaltou.

“Não mudou nada para nós”, disse outro brasileiro acusado de envolvimento nos ataques aos Três Poderes, que se diz inocente e está pedindo refúgio político na Argentina, mas que preferiu não se identificar. Para a reportagem, ele disse que está tranquilo desde o primeiro dia que entrou com solicitação de refúgio, no início de 2024, quando quebrou a tornozeleira e fugiu para o país vizinho.

Em contato com o UOL, ele encaminhou um áudio supostamente de um advogado argentino o qual explica que “nada muda” para os brasileiros investigados e condenados por tentativa de golpe de Estado. A explicação é de que os mesmos estão pedindo refúgio por “perseguição política” e as regras mudaram para as pessoas que cometeram crimes comuns.

Com a nova implementação do governo Milei, a CONARE (Comissão Nacional para Refugiados), ligada ao Ministério do Interior que está vinculado ao gabinete do presidente, será a responsável por decidir sobre as deliberações de refúgio e será o órgão responsável para aqueles que perderam a condição de refugiados e precisam regularizar seu status ou mesmo deixar a Argentina.

Segundo o governo argentino, “a medida pretende que a gestão do asilo político seja mais eficiente e eficaz, garantindo assim a proteção adequada para aqueles que realmente precisam (de refúgio) e desencorajar aqueles que cometem crimes internacionais e querem abusar do sistema”.

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