Ataque em Novo Hamburgo deixa quatro mortos e nove feridos

No dia 23 de setembro, a cidade de Novo Hamburgo (RS) foi palco de um trágico ataque que resultou em quatro pessoas mortas e nove feridos. O atirador, identificado como Edson Fernando Crippa, 45 anos, baleou sua mãe e cunhada durante a ação. Ambas estão hospitalizadas, mas já se encontram em estado estável e lúcidas, segundo a assessoria do Hospital Centenário de São Leopoldo.

As autoridades agora esperam que as duas vítimas possam colaborar nas investigações do crime. Edson, que tinha esquizofrenia, possuía registro de atirador e quatro armas regularizadas. A polícia ainda não esclareceu se a família tinha conhecimento do arsenal que ele mantinha em casa.

O ataque chocou a cidade de 220 mil habitantes localizada a 42 km de Porto Alegre. O tiroteio começou à noite, e durante mais de dez horas, o atirador tirou a vida de seu pai, seu irmão e um policial militar, deixando ainda nove pessoas feridas, incluindo dois policiais em estado grave.

O policial militar Everton Kirsch Júnior, que deixa esposa e um bebê de 45 dias, será velado e sepultado nos próximos dias. Ele foi ferido na cabeça enquanto atendia a uma ocorrência de maus-tratos a idosos, sendo surpreendido pelos tiros de Edson.

Em coletiva de imprensa, autoridades locais classificaram Kirsch como um herói. O chefe da Polícia Civil do RS afirmou que o atirador não tinha antecedentes criminais, mas apresentava comportamento agressivo com seus pais e problemas familiares.

Edson obteve seu primeiro registro como atirador desportivo em 2007 e manteve duas pistolas registradas, passando por revalidações periódicas. O Exército brasileiro confirmou que todos os documentos e avaliações necessárias foram apresentados durante a última revalidação em 2020.