Após duas semanas com alertas, estado de São Paulo avalia redução das restrições no abastecimento de água devido ao avanço das chuvas
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Cinco municípios, incluindo Artur Nogueira, São Pedro do Turvo, Indiana, Bauru e Barretos, decretaram situação de emergência por causa da estiagem e seca. De acordo com o Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA), o pior momento da temporada de estiagem ocorreu entre julho e agosto, afetando 95% do estado.
O risco de queimadas, que também preocupava as autoridades, deixou de ser uma questão relevante esta semana, conforme informou a Defesa Civil estadual. A região leste do estado, onde estão cidades como São José dos Campos e Aparecida do Norte, ainda apresenta alertas de emergência para queimadas, mas a situação está sob controle.
Com a transição da estação seca para a chuvosa, Ana Paula Cunha, pesquisadora do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), destacou que a recuperação dos rios nas regiões Centro-Oeste e Norte ainda levará tempo devido aos níveis críticos em que se encontram. A incerteza sobre a normalidade das chuvas no país também é uma preocupação.
Em relação ao abastecimento de água, a Sabesp, empresa responsável pelo fornecimento em grande parte do estado, garantiu que a situação está controlada, mesmo com a capacidade operacional na Região Metropolitana de São Paulo abaixo dos 40%. Problemas técnicos nos sistemas de acompanhamento da empresa foram identificados após ataques cibernéticos durante a semana.
Diversas medidas de economia de água estão sendo adotadas pelos consumidores e pelas empresas de saneamento, visando combater a crise hídrica. O racionamento de água em algumas cidades, como Bauru, tem sido a única alternativa para garantir o abastecimento regular. A conscientização sobre o uso responsável da água é fundamental para superar essa situação de escassez.