16ª cúpula do Brics destaca necessidade de reforma em organismos internacionais e construção de nova ordem mundial multipolar

Com um extenso documento de 43 páginas e 134 itens, a Declaração de Kazan, nome dado à cidade russa que sediou a cúpula, abordou uma variedade de temas globais importantes, desde a luta contra as mudanças climáticas até a gestão da inteligência artificial e as guerras em curso ao redor do mundo.
Uma das principais propostas do grupo de países do Brics é a criação de uma nova ordem mundial multipolar, que seria baseada em diferentes centros de poder. A ideia é que esse modelo amplie as oportunidades para os países em desenvolvimento e mercados emergentes, permitindo que alcancem seu pleno potencial e contribuam para a economia global de forma mais equitativa.
O presidente chinês, Xi Jinping, que participou da reunião por videoconferência, reforçou a importância da cooperação entre os países do Sul Global e da reforma das instituições internacionais. Ele destacou a necessidade de alinhar a governança global com as mudanças no equilíbrio de poder no cenário internacional.
Além disso, a declaração também abordou os conflitos em andamento no mundo, como a guerra na Faixa de Gaza e no Líbano, expressando preocupação com a situação dessas regiões e pedindo o fim imediato dos conflitos. O documento também condenou as sanções econômicas unilaterais aplicadas por potências ocidentais contra países como Venezuela, Rússia, Irã, Cuba e China.
No geral, a Declaração de Kazan marca um avanço significativo nas discussões sobre a necessidade de uma governança global mais inclusiva e justa, refletindo a mudança de paradigma que o mundo contemporâneo demanda. As propostas apresentadas pelos países do Brics sinalizam um compromisso com a construção de um sistema internacional mais equilibrado e democrático.