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Violência contra médicos: a cada três horas um profissional é vítima no Brasil, aponta CFM

De acordo com dados apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a violência contra médicos em ambientes de saúde no Brasil atinge níveis alarmantes. A cada três horas, um profissional da saúde é vítima de agressões, ameaças, injúrias, desacatos, lesões corporais e difamação, seja em hospitais, clínicas, consultórios, prontos-socorros ou laboratórios.

O levantamento feito com base nos boletins de ocorrência registrados em delegacias de polícia civil de todos os estados brasileiros revelou um total de 38 mil casos entre 2013 e 2024. O recorde de casos foi atingido em 2023, e a tendência de aumento preocupa as autoridades de saúde.

A situação se agrava ainda mais ao constatar que 47% dos registros de violência são contra médicas. Além disso, os ataques são realizados, em sua maioria, por pacientes, familiares de pacientes atendidos e até mesmo por desconhecidos. A pesquisa também aponta que 66% dos casos de violência ocorrem em municípios do interior do país.

São Paulo é o estado com o maior número de ocorrências, representando 26% do total. A média de idade dos médicos agredidos na região é de 42 anos, e cerca de 45% das vítimas são mulheres. A cidade de São Paulo registrou quase a metade dos casos de violência no estado, sendo os hospitais os locais mais frequentes das agressões.

Em relação às orientações do CFM em casos de violência, é importante que os médicos registrem ocorrência na delegacia, informem a direção da unidade hospitalar, apresentem dados dos envolvidos e testemunhas, e encaminhem o paciente a outro profissional em caso de necessidade. Em situações de agressão física, é recomendável comparecer à delegacia mais próxima, registrar boletim de ocorrência, comunicar à direção do hospital e providenciar outro médico para assumir as atividades.

Diante do cenário alarmante de violência contra médicos, é essencial que medidas efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e integridade desses profissionais que dedicam suas vidas ao cuidado da saúde da população. Medidas de prevenção e punição aos agressores são fundamentais para coibir tais atos de violência nos ambientes de saúde.

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