Trabalhadores portuários de todo o Brasil entram em greve por 12 horas contra alterações na Lei dos Portos.
A greve, organizada pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios, nas Atividades Portuárias (Fenccovib), representa mais de 50 mil trabalhadores que atuam nos principais portos brasileiros.
“Mário Teixeira, presidente do Fenccovib, afirmou que a greve visa combater um relatório e um anteprojeto de lei que prejudicam os direitos de todos os trabalhadores portuários do Brasil. Essas propostas também reduzem o mercado de trabalho, eliminam categorias reconhecidas por lei, restringem a atuação dos sindicatos nas negociações coletivas e acabam com a exclusividade dos trabalhadores para contratação com vínculo empregatício”, declarou.
Teixeira criticou a formação da comissão de juristas responsável por elaborar um relatório na Câmara dos Deputados sobre uma nova proposta de lei para o setor portuário. Ele ressaltou que a categoria não concorda com a revogação da lei portuária atual e mobilizou os 151 sindicatos portuários brasileiros, contando com o apoio de entidades internacionais de trabalhadores.
A greve dos portuários demonstra a preocupação e união da categoria diante das possíveis alterações que podem impactar negativamente em seus direitos e condições de trabalho. A pressão dos trabalhadores através dessa paralisação representa um movimento significativo na luta pelos seus interesses e pela garantia de condições dignas dentro do setor portuário brasileiro.