Presidente da Associação de Mineradores critica slogan da COP e demanda cumprimento de promessas do governo na Colômbia.

A reunião de cúpula das Nações Unidas, conhecida como COP, está movimentando as discussões em Cali, na Colômbia. Enquanto o slogan do evento sugere uma paz com a natureza, algumas vozes discordam e levantam críticas.

Em entrevista à Blu Radio, a presidente da Associação de Mineradores de Santander, Ivonne González, foi incisiva: “Não nos enganem dizendo que isso é pelo meio ambiente. Não venham para a COP dizer que isso é paz com a natureza”. As contestações surgem em meio às expectativas em relação às políticas ambientais do governo.

O embate entre os camponeses, preocupados com restrições em áreas de conservação, e os mineradores, que exigem a formalização da atividade, reflete um cenário complexo. Com décadas de conflitos internos, a Colômbia busca um equilíbrio entre a preservação ambiental e a economia.

Gustavo Petro, o primeiro presidente de esquerda do país, trouxe uma agenda ambiental ambiciosa para a COP15, quando 196 países se comprometeram a aumentar as áreas de conservação natural. No entanto, as demandas dos setores produtivos também precisam ser consideradas.

A participação da mineração nas exportações colombianas é significativa, representando 28,4% em 2023. Antes da COP16, Petro lançou um plano para diversificar os investimentos e reduzir a dependência do país em combustíveis fósseis.

Diante de tantos interesses em jogo, a COP se torna um palco de negociações e conflitos, onde a busca por um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e proteção ambiental é essencial. O futuro da Colômbia e do planeta está em jogo, e cada decisão tomada na cúpula terá um impacto duradouro.

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