O ex-policial e réu confesso Ronnie Lessa, preso por envolvimento na morte de Marielle Franco em 2018, fez uma revelação chocante em sua delação. Ele afirmou que soube sobre a morte do motorista Anderson Gomes em um bar na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.
Após a execução da vereadora carioca Marielle e do motorista Anderson em março de 2018, Lessa relatou ter ido a um bar na região, onde também estava o ex-policial militar Élcio Queiroz, responsável por dirigir o veículo no momento do crime.
No bar, um garçom mostrou fotos do crime recém-ocorrido. Lessa então percebeu que havia mais uma pessoa morta. Ele ficou perplexo e a situação se tornou ainda mais tensa ao descobrir que o motorista Anderson também havia sido assassinado, o que não era a intenção inicial do crime.
A delação de Lessa foi feita à Polícia Federal em 2023 e teve seu sigilo levantado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. No acordo, Lessa apontou os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão como mandantes do crime.
Os irmãos Brazão e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa foram presos preventivamente em março no âmbito do caso. A defesa de Rivaldo negou as acusações, alegando que Lessa mentiu e foi premiado com a transferência para outro presídio.
A defesa de Lessa não comentou o conteúdo da delação e apenas se pronunciou sobre a transferência de presídio. Os demais citados na delação não responderam aos contatos da CNN.
* Com informações de Lucas Mendes e Julliana Lopes
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