Escândalo da doação de órgãos com HIV leva à exoneração da diretoria da Fundação Saúde do Rio de Janeiro


Na manhã desta terça-feira (22), o governador Cláudio Castro (PL) anunciou a exoneração dos cinco diretores e do diretor-executivo da Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado e abrange toda a cúpula da instituição, conforme consta no organograma disponível no site do órgão.
Os seis cargos desligados incluem as diretorias Administrativa, de Recursos Humanos, Técnica Assistencial, Jurídica e de Planejamento e Gestão. Entre os exonerados está Debora Lucia Teixeira Medina de Figueiredo, irmã do ex-secretário estadual de saúde e deputado federal Doutor Luizinho (PP), que ocupava a diretoria de Planejamento e Gestão.
Além de Pilotto e Debora, foram afastados Alessandra Monteiro Pereira, Bruno Rebula Klein, Carla Maria Bomquipani e Luiz Romano Quagliani, ocupantes das demais diretorias. Até o momento, não foram divulgados os nomes dos substitutos ou ocupantes interinos dos cargos.
A decisão de demitir a alta liderança da Fundação Saúde acontece em meio ao escândalo envolvendo órgãos contaminados com HIV liberados para transplante. O laboratório PCS Lab Saleme, contratado pelo governo por R$ 11 milhões em dezembro do ano passado, está no centro das investigações.
O PCS Lab Saleme tem como um dos sócios Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, primo de Doutor Luizinho. Outro sócio é Walter Vieira, casado com a tia do ex-secretário de Saúde. Ambos têm ligações familiares e políticas com o deputado federal.
Diante dos recentes acontecimentos, a população aguarda por esclarecimentos e medidas para garantir a segurança e eficiência dos serviços de saúde pública no estado do Rio de Janeiro.