
Fracassou porque a ideia do financiamento público era garantir paridade de armas — que o desprovido de recursos tivesse a mesma condição de disputar a eleição de um grande milionário. Isso não ocorreu. Formou-se uma espécie de oligarquias partidárias que detêm o poder político e o da distribuição de recursos, concentrando cada vez mais recursos nas mãos de poucos.
O sistema político brasileiro não melhorou em decorrência disso. Um dos principais argumentos, que era o fim do caixa dois, não se concretizou. No meu entendimento, o caixa dois acabou fortalecido.
Não sei se a solução seria o retorno do financiamento privado ou de um financiamento semi-público, como era anteriormente, com regras. Mas estou convencido de que o modelo adotado a partir da decisão do STF de 2016 fracassou.
Senador Randolfe Rodrigues (PT-AP)
Sakamoto: Diferente de Bolsonaro, Lula sempre foi transparente sobre saúde
A comunicação do Palácio do Planalto tem sido transparente após o acidente doméstico sofrido pelo presidente Lula (PT), também avaliou o colunista no programa — um cenário distinto do que ocorria quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha assuntos de saúde para divulgar à sociedade.
Com a exceção do episódio do atentado que ele sofreu em 6 de setembro de 2018, aquela abominável facada que levou, depois disso, o presidente Jair Bolsonaro foi muito ruim em comunicação. Ele ia para os hospitais, não informava, fazia exames e só depois de um bom tempo as pessoas [sabiam]. A comunicação de saúde dele era horrível. Ele evitava ao máximo falar se tinha ou não contraído Covid, se fazia teste, se havia se vacinado.
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) expressou sua opinião sobre o fracasso do modelo de financiamento público das eleições no Brasil. Segundo ele, a ideia original era garantir a igualdade de condições entre os candidatos, permitindo que mesmo aqueles sem recursos tivessem a chance de competir com os grandes milionários. No entanto, o senador argumenta que o sistema resultou na formação de oligarquias partidárias que concentram cada vez mais poder e recursos, deixando as eleições desiguais.
De acordo com Rodrigues, a promessa de acabar com o caixa dois também não se concretizou, pelo contrário, o problema teria sido fortalecido. Diante desse cenário, o senador questiona se a solução seria voltar ao financiamento privado ou adotar um modelo semi-público com regras mais claras. Para ele, a decisão do STF em 2016, que instituiu o financiamento público exclusivo, foi um fracasso.
Em outro contexto, o colunista Sakamoto comparou a transparência na comunicação da saúde do ex-presidente Lula com a do presidente Jair Bolsonaro. Segundo ele, enquanto Lula sempre foi aberto sobre seu estado de saúde, Bolsonaro falhava em informar à população, exceto em casos como o atentado de 2018. Sakamoto critica a comunicação do presidente sobre temas de saúde, ressaltando a falta de clareza em informações como a testagem para Covid-19 e a vacinação.
Em resumo, as opiniões de Randolfe Rodrigues e Sakamoto destacam a importância da transparência e da equalidade no financiamento político e na comunicação de assuntos de saúde por parte dos governantes.