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Governo Lula (PT) fica sem doses de vacina da Covid-19 após perda de validade de lote da Moderna no estoque.

Problema de validade afeta entrega de vacinas

O governo Lula (PT) enfrenta um problema na entrega imediata de doses de vacinas contra a Covid-19 devido à perda de validade de cerca de 1/3 do lote comprado da farmacêutica Moderna. Essas doses vencidas ou que precisaram ser substituídas impactaram significativamente o estoque do Ministério da Saúde, deixando o país sem opção de imunizantes de outras marcas.

A redução na entrega de doses nos últimos meses é reflexo desse contratempo. Atualmente, todas as unidades estocadas estão vencidas, e a pasta comandada por Nísia Trindade reconhece a escassez de vacinas nos estados e municípios, principalmente do modelo destinado ao público infantil.

Os lotes perdidos fazem parte de um contrato de 12,5 milhões de vacinas da Moderna, adaptadas à variante XBB, que foi assinado por R$ 725 milhões. Até o momento, o ministério conseguiu repassar aos estados 8,26 milhões de unidades dessa compra, enquanto cerca de 4,2 milhões de vacinas ainda estão no estoque, aguardando resolução.

A Moderna já recolheu 1,2 milhão de unidades para substituição por doses com validade mais longa. O documento interno da Saúde aponta que as outras 3 milhões de vacinas restantes, todas vencidas, serão trocadas em dezembro por um modelo mais atual da farmacêutica, adaptado à cepa JN.1.

O plano inicial do ministério era impulsionar a imunização da população contra a Covid neste ano com a compra dos lotes da Moderna. No entanto, o contrato emergencial foi assinado posteriormente ao previsto, e as doses começaram a ser entregues apenas em maio ao SUS.

A empresa Adium, que representou a Moderna no contrato com o Ministério da Saúde, se comprometeu a substituir todas as vacinas próximas ao vencimento, sem gerar custos adicionais. Parte das trocas já foi realizada, com entregas ao Governo Federal.

O atraso na compra de vacinas contra a Covid-19 gerou críticas ao governo petista, especialmente após a exploração feita por Lula durante a campanha eleitoral de 2024. A conduta negacionista de Jair Bolsonaro na pandemia também foi citada como fator que afetou a eficácia da campanha de imunização.

O diretor do Departamento do PNI, Eder Gatti, destacou os desafios enfrentados para garantir a vacinação infantil e ressaltou as dificuldades geradas pela validade das vacinas, pela necessidade de armazenamento em baixas temperaturas e pelas campanhas de desinformação.

Apesar dos contratempos, o Ministério da Saúde planeja regularizar as compras de vacinas e manter um estoque adequado para a imunização de diferentes grupos da população de forma mais eficiente e constante.

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