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Equipe econômica oficializa congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir marco fiscal e evitar estouro do teto de gastos.

A equipe econômica do governo oficializou o congelamento de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024. A medida foi anunciada nesta segunda-feira (22) e está prevista no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, enviado ao Congresso Nacional. Esse congelamento se fez necessário para cumprir as novas regras fiscais estabelecidas no ano anterior.

Segundo as regras aprovadas, os gastos do governo podem crescer até 70% em relação ao crescimento das receitas, acima da inflação do ano anterior. Além disso, o marco fiscal coloca como meta um resultado primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB).

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia antecipado o anúncio do congelamento, devido à alta do dólar. Dos R$ 15 bilhões congelados, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados e R$ 3,8 bilhões, contingenciados.

O bloqueio e o contingenciamento representam cortes temporários de gastos. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo ultrapassam o limite estabelecido, enquanto o contingenciamento acontece quando a falta de receitas compromete o cumprimento da meta fiscal.

Para evitar que as despesas ultrapassem o limite de R$ 2,105 trilhões estabelecido para este ano, a equipe econômica bloqueou R$ 11,2 bilhões. Além disso, devido à diminuição da receita e ao aumento das despesas, foi necessário contingenciar R$ 3,8 bilhões para atingir o déficit primário de R$ 28,8 bilhões.

A distribuição dos cortes entre os ministérios será divulgada em breve, e a legislação determina que os detalhes do congelamento sejam publicados até oito dias após o envio do relatório. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o governo realiza cortes no Orçamento para cumprir as metas fiscais, demonstrando a importância de um planejamento financeiro rigoroso para o equilíbrio das contas públicas.

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