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Ministro do STF determina soltura de ex-assessor de Bolsonaro suspeito de trama golpista com restrições medium eletrônica

Na última quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a libertação do coronel do Exército Marcelo Câmara, ex-assessor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro e suspeito de envolvimento em uma suposta trama golpista. A decisão de soltar Câmara veio com algumas condições, como o uso de tornozeleira eletrônica, a obrigatoriedade de comparecer semanalmente em juízo, a proibição de sair do Distrito Federal, a proibição de comunicação com outros investigados e a proibição de utilizar redes sociais. Além disso, o coronel teve seu porte de armas cancelado e estava detido no Setor Militar Urbano, em Brasília.

Câmara foi preso durante a Operação Tempus Veritatis, realizada no dia 8 de fevereiro pela Polícia Federal, sob a acusação de participar de ações preparatórias para um golpe de Estado. As investigações apontaram que ele teria monitorado o ministro Moraes, visando planejar a prisão do magistrado como parte do suposto plano golpista, em estreita coordenação com Jair Bolsonaro.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou a favor da soltura de Câmara, alegando que o grupo criminoso investigado já havia sido desmantelado e que a libertação do coronel não representava uma ameaça às investigações em curso. A defesa de Câmara sempre negou qualquer envolvimento em atividades golpistas.

Além disso, o ministro Moraes também determinou a libertação do coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, acusado de omissão durante os ataques ocorridos em 8 de janeiro de 2023, quando a sede dos Três Poderes foi invadida e depredada. Com essa decisão, encerrou-se a prisão de todos os integrantes da antiga cúpula da PMDF envolvidos nos atos golpistas.

A Agência Brasil busca contato com a defesa de Câmara para obter mais informações sobre o caso e continuará acompanhando os desdobramentos dessa complexa situação jurídica.

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