Chiquinho Brazão acusa ex-PM Ronnie Lessa de proteger outra pessoa em delação premiada sobre assassinato de Marielle Franco.

Deputado Chiquinho Brazão nega envolvimento na morte de Marielle Franco

O deputado federal Chiquinho Brazão, que está sem partido, foi acusado de encomendar a morte da vereadora Marielle Franco, do PSOL. Em uma audiência virtual no STF, ele afirmou que o ex-PM Ronnie Lessa, réu confesso pelo crime, está buscando proteger alguém com sua delação premiada.

Chiquinho Brazão, que está preso preventivamente desde março, negou veementemente as acusações e alegou que não se recorda de ter estado junto com Lessa. Durante a audiência, ele classificou o crime como uma “maldade” e elogiou a vereadora, descrevendo-a como respeitosa, carinhosa e afável.

Questionado sobre o motivo de ter sido acusado por Lessa, o deputado afirmou que a delação do ex-PM está protegendo outra pessoa, porém não mencionou quem seria essa pessoa. Durante as audiências, as defesas exploraram as suspeitas sobre o ex-vereador Cristiano Girão.

Chiquinho Brazão é acusado, juntamente com seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do TCE-RJ, de encomendar a morte de Marielle Franco. O delegado Rivaldo Barbosa e outros dois policiais militares também são acusados de terem auxiliado no planejamento do crime.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, o assassinato foi motivado por divergências políticas entre os irmãos Brazão e o PSOL, após Marielle dificultar a exploração de terrenos ilegais da família. As acusações contra os réus foram baseadas na delação de Ronnie Lessa, porém trechos do relato não contaram com provas de corroboração.

Chiquinho negou ter tido contato com Lessa e confirmou ter se encontrado com Edmilson de Oliveira, conhecido como Macalé, ex-PM apontado como intermediário na contratação do assassinato. O deputado admitiu ter frequentado um local onde teria encontrado Macalé, porém negou se recordar da presença de Lessa.

Apesar das acusações, Chiquinho Brazão afirmou manter uma boa relação com a bancada de esquerda da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, incluindo Marielle Franco. Ele destacou que a vereadora costumava procurá-lo e que mantinham conversas frequentes.

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