DestaqueUOL

Trabalhadores da Boeing votarão proposta que inclui aumento salarial de 35% após cinco semanas de greve

Greve na Boeing pode chegar ao fim com proposta de aumento salarial

No próximo dia 23, os trabalhadores em greve da Boeing estarão votando uma nova proposta que pode pôr fim a uma paralisação que já dura cinco semanas. Esta proposta inclui um aumento salarial de 35% ao longo de quatro anos, além de outros benefícios, como um bônus de US$ 7.000, plano de incentivo e maiores contribuições para os planos de aposentadoria dos funcionários.

A greve, que afeta cerca de 33 mil trabalhadores sindicalizados da Boeing na Costa Oeste dos Estados Unidos, tem gerado impactos significativos na produção da empresa, principalmente no 737 MAX, um dos aviões mais vendidos pela fabricante.

Após uma negociação que envolveu mediadores federais e que resultou no fracasso de uma oferta anterior que previa um aumento de 30%, a Boeing agora espera que os funcionários aprovem a nova proposta. No entanto, a decisão final ainda está nas mãos dos trabalhadores.

O CEO da Boeing, Kelly Ortberg, recentemente anunciou planos de cortar 17 mil empregos e atrasar a entrega do jato 777X como uma medida para conter as perdas financeiras da empresa. Analistas do Bank of America estimam que a paralisação esteja custando à Boeing cerca de US$ 50 milhões por dia.

Para garantir sua liquidez em meio a esse cenário desafiador, a Boeing está buscando levantar até US$ 25 bilhões em novo capital e fechou um acordo de linha de crédito de US$ 10 bilhões. Essas medidas são consideradas prudentes para garantir o acesso à liquidez necessária nesse momento delicado.

A votação dos trabalhadores na próxima quarta-feira decidirá o desfecho dessa greve que tem impactado não apenas a Boeing, mas toda a indústria aeroespacial nos Estados Unidos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo