Ao lado do caixão, policiais dão tapas no irmão do jovem morto. Em seguida, os agentes o levam para fora da sala do velório, onde a confusão continua. A mãe tenta impedir que ele seja levado. Familiares e amigos da vítima também reagem ao presenciar a cena.
Homens foram mortos em confronto, segundo a polícia. Os dois suspeitos, de 18 e 21 anos, morreram baleados na quinta-feira (17), durante uma operação da PM no Jardim Vitória, em Bauru. Eles foram identificados como Guilherme Alves Marques de Oliveira, 18, e Luis Silvestre da Silva Neto, 21.
Com eles teriam sido encontradas armas e drogas. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) de São Paulo informou ao UOL que PMs faziam uma operação na comunidade do Jardim Vitória “quando foram surpreendidos criminosos, que atiraram contra a equipe”. Segundo a pasta houve a intervenção e os suspeitos foram atingidos. O resgate foi acionado e constatou os óbitos no local. “Com eles foram localizadas porções de entorpecentes, que foram apreendidos, assim como as armas que eles usavam”, segundo resposta do governo paulista.
O irmão de Guilherme foi preso por desacato após ser levado do velório, mas liberado no plantão da Polícia Civil. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo foi procurada pelo UOL para esclarecer por qual motivo os agentes entraram no velório, mas não houve retorno.
Família protesta e diz que jovens eram inocentes. Ainda na sexta-feira, após o velório, familiares e amigos dos jovens protestaram pela morte deles e pela ação da Polícia Militar enquanto os corpos eram velados. Grupo se reuniu na avenida Castelo Branco e chegou a fechar a via. Com cartazes pedindo justiça e paz na comunidade, o grupo queimou pneus e tentou interromper o trânsito. A PM foi acionada e dispersou o protesto.
Intervenção policial. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial, tráfico de drogas, associação para o tráfico, localização/apreensão de objeto e tentativa de homicídio pela Delegacia Seccional de Bauru.