Produção de grãos no Brasil para safra 2023/2024 deverá cair 6,6%, mas ainda será a segunda maior da história.

As chuvas irregulares e inundações em algumas regiões comprometeram o desenvolvimento das plantas, resultando em uma redução na produtividade. Apesar dessa queda, a previsão é de que esta seja a segunda maior safra já colhida no Brasil, o que é um ponto positivo a se destacar.
Em relação à área cultivada, houve um acréscimo de 1,5%, com destaque para o aumento na plantação de soja, gergelim, algodão, sorgo, feijão e arroz. Por outro lado, a área destinada ao milho teve uma redução, principalmente devido a fenômenos climáticos e pragas que afetaram sua produção.
A colheita do milho segunda safra está em fase final, com uma produção estimada de 90,28 milhões de toneladas. As condições climáticas adequadas durante o ciclo produtivo contribuíram para produtividades satisfatórias em várias regiões, exceto no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde adversidades climáticas comprometeram o potencial produtivo do cereal.
Além do milho, o algodão, arroz e feijão também tiveram resultados significativos nesta safra. A produção de algodão pluma bateu recorde na série histórica da Conab, com um aumento de 14,8%. O arroz teve um incremento de 5,6% na produção, enquanto o feijão apresentou um crescimento de 7,3% em relação à safra anterior.
A soja, principal grão cultivado no país, terá uma produção de 147,38 milhões de toneladas, representando uma queda de 4,7% em relação ao ciclo anterior. Já o trigo, cultura de inverno, teve sua fase de semeadura concluída na Região Sul, com uma estimativa de redução de 11,6% na área destinada ao cereal.
Apesar dos desafios enfrentados ao longo do ciclo produtivo, o Brasil segue como um dos principais produtores de grãos do mundo, demonstrando resiliência e capacidade de adaptação diante das adversidades climáticas e outras variáveis que impactam a produção agrícola.