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Relação conturbada entre Ministério da Previdência e Médicos Peritos do INSS escala para batalha judicial e polêmica sobre Atestmed





Conflito entre médicos peritos do INSS e Ministério da Previdência Social

Conflito entre médicos peritos do INSS e Ministério da Previdência Social

Recentemente, a relação entre os médicos peritos do INSS e o Ministério da Previdência Social atingiu um ponto crítico de desentendimento. A independência institucional e hierárquica dos médicos peritos levou a um rompimento com as diretrizes do ministro Carlos Lupi, especialmente em relação à “fila do INSS”.

O desacordo entre Carlos Lupi e a Associação Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) envolveu a adoção do sistema Atestmed para reduzir a fila, em vez de contratar mais médicos peritos ou oferecer bônus aos profissionais já existentes. Isso desencadeou uma batalha de acusações e processos judiciais, com a própria ANMP sendo interpelada criminalmente pelo ministro.

A crise se agravou ainda mais quando a ANMP foi acusada de estimular o boicote dos médicos peritos em relação ao Atestmed e à operação pente-fino proposta pelo governo. Essa tensão reflete na operação pente-fino de 2024/2025, que depende da adesão dos médicos peritos para funcionar adequadamente.

Por um lado, o governo defende a concessão automatizada do Atestmed como solução para a fila do INSS, enquanto a ANMP critica a falta de contratação de mais peritos e o modelo de telemedicina. Essa divergência se tornou tão intensa que atingiu o campo judicial, com acusações mútuas de disseminação de fake news e censura.

O Programa de Enfrentamento à Fila da Previdência Social (PEFPS) foi criado para incentivar os servidores públicos a reduzirem a fila, oferecendo bônus financeiros aos médicos peritos que aderirem ao programa. No entanto, a baixa adesão dos profissionais tem sido um obstáculo, alimentando ainda mais o embate entre a ANMP e o Ministério da Previdência Social.

Essa disputa não afeta apenas a relação entre os médicos peritos e o governo, mas também ameaça a eficiência do serviço público federal e o atendimento à população que depende do INSS. O impasse atual aponta para a necessidade de um diálogo construtivo e colaborativo entre ambas as partes, a fim de garantir o funcionamento adequado do sistema previdenciário no país.


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