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Anvisa proíbe chips da beleza: entidades médicas comemoram decisão que visa proteger a saúde das mulheres

Entidades médicas comemoram decisão da Anvisa de proibir implantes hormonais manipulados

Por Redação Jornalística

Data: XX de XXXXX de 2021

Atualizado em: XX de XXXXX de 2021, às XXhXX

As entidades médicas estão celebrando a decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em proibir a manipulação, comercialização, propaganda e uso de implantes hormonais manipulados, conhecidos como “chips da beleza”. Esses implantes, utilizados para fins estéticos, eram vendidos por farmácias de manipulação e agora estão proibidos em todo o país.

A proibição preventiva foi publicada no Diário Oficial da União e é uma resposta às denúncias feitas por 34 entidades médicas, que reportaram um aumento nos atendimentos de pacientes com complicações de saúde relacionadas ao uso desses chips. Segundo a plataforma Vigicom Hormônios da Sbem, duas pessoas teriam falecido e 257 relataram problemas médicos decorrentes do uso dos implantes.

Os “chips da beleza” são compostos por substâncias como gestrinona, testosterona e oxandrolona, podendo conter outras substâncias sem avaliação de segurança para implantação no corpo. A proibição foi recebida com entusiasmo pela Febrasgo, que expressou preocupação com a falta de controle e fiscalização desses produtos, colocando em risco a saúde das mulheres que os utilizam.

A presidente da Febrasgo, Maria Celeste Wender, ressaltou a importância da medida e destacou a falta de pesquisas científicas que respaldem o uso desses implantes. Efeitos colaterais graves, como infarto, tromboembolismo e complicações hepáticas, são alguns dos riscos associados ao seu uso.

O CFM também se pronunciou em apoio à decisão da Anvisa, destacando os riscos à saúde das terapias hormonais com esteroides androgênicos e anabolizantes para fins estéticos. O conselho reforçou a possibilidade de uso dessas substâncias em casos específicos de tratamento, com embasamento científico e segurança comprovada.

Embora a decisão da Anvisa tenha sido bem recebida, a Sbem ressalta a necessidade de regulamentações mais rigorosas e promete continuar acompanhando a situação através do Vigicom Hormônios. As entidades médicas permanecem disponíveis para fornecer orientações e suporte tanto à população quanto aos profissionais de saúde.

Os pacientes que fizeram uso desses implantes e apresentarem reações adversas são orientados pela Anvisa a notificarem o órgão. A vigilância sobre esses produtos é essencial para garantir a segurança e saúde da população.

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