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Investigação revela: Shell financia organizações que negam mudanças climáticas e Brasil sediará evento conservador paralelo à COP 30.

A Shell Financia Organizações Conservadoras que Negam Mudanças Climáticas

A Shell tem sido alvo de críticas por suas campanhas que visam encobrir ou minimizar os impactos da crise climática que ela e outras grandes empresas poluidoras têm contribuído agravando ao longo dos anos. Uma investigação realizada pelo The Guardian e DeSmog revelou que uma fundação americana associada à Shell destinou centenas de milhares de dólares a organizações de direita religiosa e conservadora que sistematicamente negam a existência das mudanças climáticas. Essa conexão suspeita levanta questionamentos sobre as reais intenções da empresa e sua responsabilidade ambiental.

Apesar de parecer algo distante da realidade brasileira, recentemente foi anunciado que a próxima Conferência de Ação Política Conservadora, autointitulada como ‘o maior evento conservador do mundo’, em 2025 será realizada em Manaus, antes da COP 30 que acontecerá no Pará. Enquanto eventos climáticos extremos se tornam mais frequentes e intensos devido ao impacto da indústria do petróleo, é alarmante ver o Brasil sediando um evento que parece desconsiderar a urgência da ação climática necessária.

A conferência é organizada pela The American Conservative Union, Young Americans for Freedom e Instituto Conservador Liberal, comandado pelo deputado Eduardo Bolsonaro. Tal iniciativa parece ir de encontro à agenda sustentável e limpa defendida em grandes conferências como a COP. Recentemente, Flávio Bolsonaro compartilhou em suas redes sociais um encontro com o xeique Mohammed bin Zayed, líder dos Emirados Árabes Unidos, um dos principais produtores de petróleo do mundo.

António Guterres, secretário-geral da ONU, já apontou a indústria de combustíveis fósseis como a nova indústria do tabaco, destacando o dever das empresas e influenciadores em assumir sua responsabilidade ambiental. É necessário repensar a relação entre marcas poluidoras e os diversos setores que as promovem, como mídia, esportes e publicidade, para garantir que ações mais sustentáveis sejam adotadas em um cenário de crescente urgência climática.

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