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Incertezas sobre a nova administração dos EUA e a situação na Ucrânia levantam questionamentos sobre o futuro das relações internacionais

Desafios geopolíticos em tempos de transição nos EUA

Com o próximo presidente dos Estados Unidos ainda indefinido, surgem incertezas sobre como a nova administração lidará com a situação agravante na Ucrânia. À medida que o aliado americano perde terreno para a Rússia, há questionamentos sobre a viabilidade de continuar buscando uma vitória completa.

Isso ocorre enquanto o país liderado por Joe Biden enfrenta dificuldades para ajustar sua estratégia e potencialmente buscar uma abordagem voltada para a paz, diante dos desafios contínuos no conflito.

Olhando mais profundamente, no entanto, tanto a deterioração estratégica no Leste Europeu quanto a melhoria estratégica no Oriente Médio têm algo importante em comum. Em ambos os casos, o governo dos EUA se viu preso em um papel de apoio, incapaz de decidir uma política clara de interesse próprio, enquanto uma potência regional que depende oficialmente dos americanos dita a agenda.

Na Ucrânia, isso está indo mal porque o governo em Kiev superestimou suas próprias capacidades para recuperar território na contraofensiva do ano passado. No Oriente Médio, agora está indo melhor para os interesses dos EUA porque a inteligência israelense e o Exército do país têm demonstrado uma capacidade notável de perturbar, degradar e destruir seus inimigos.

Por um lado, não há garantia de que as escolhas de Israel continuarão a dar certo. A restauração da dissuasão de hoje pode se tornar o excesso ou o atoleiro de amanhã.

Se os EUA não conseguirem exercer uma influência real sobre os países que armam e apoiam, uma Pax Americana enfraquecida acabará sendo refém de interesses demais que não são dos americanos.

Mesmo que a política externa dos EUA passe pelos próximos meses sem verdadeiros desastres, apenas os desafios que os americanos enfrentam já deixam claro que Biden deveria ter renunciado à Presidência quando suspendeu sua campanha.

A coroa do império americano permanecerá um tanto oca, não importa quem acabe usando-a. Mas Biden em seus últimos dias permanece um caso singular, um tipo distinto de perigo —pois nunca antes os EUA enfrentaram tantos desafios estratégicos globais com um presidente que não está realmente presente.

Por: Equipe de Redação

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