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Senacon investiga Enel por apagões em São Paulo e questiona eficácia dos canais de atendimento aos consumidores

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) iniciou um processo administrativo para apurar os danos causados pela falta de energia na cidade de São Paulo, após os apagões que afetaram mais de 3 milhões de pessoas na região metropolitana. A Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica, está sendo investigada pela Senacon, órgão vinculado ao Ministério da Justiça, que busca analisar a eficácia dos canais de comunicação e de atendimento aos consumidores prejudicados.

Após notificar a Enel duas vezes, a Senacon abriu o processo com base nas respostas parciais da empresa. A Senacon concedeu um prazo adicional de 5 dias para a Enel fornecer mais informações, como um diagnóstico detalhado do evento, os impactos nas operações e as medidas preventivas adotadas. Além disso, serão avaliadas as ações de reparação aos consumidores afetados, a manutenção da rede elétrica, a poda de árvores e possíveis falhas na prestação do serviço.

Na semana passada, um temporal com ventos de até 107 quilômetros por hora provocou a interrupção do fornecimento de energia para milhões de consumidores na região metropolitana de São Paulo. O Secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous, ressaltou que eventos climáticos extremos não podem ser utilizados como justificativa para a falta de planejamento e a falta de resposta adequada por parte das empresas concessionárias.

A Senacon está empenhada em garantir a defesa dos direitos dos consumidores e em fiscalizar as empresas prestadoras de serviços essenciais, como as concessionárias de energia elétrica. A transparência e a qualidade no atendimento aos consumidores são fundamentais para a construção de uma relação de confiança entre as empresas e a população. O desfecho desse processo administrativo terá um impacto significativo na forma como a Enel e outras empresas do setor de energia elétrica prestam seus serviços e se responsabilizam pelos danos causados aos consumidores.

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