Rio de Janeiro adota conceito de ‘cidade esponja’ para combater enchentes e alagamentos, lei sancionada parcialmente por prefeito Paes
A ideia por trás da adoção desse conceito inovador é aliviar a sobrecarga dos sistemas tradicionais de drenagem, contribuindo para uma maior autossuficiência hídrica no município. Além disso, a medida visa também reabastecer as reservas de água subterrânea, resultando em um aumento do volume de águas pluviais naturalmente filtradas. Entre as ações previstas, destacam-se a criação de pequenos jardins de chuva, compostos por vegetação adaptada, que funcionarão como uma barreira natural contra os alagamentos.
De acordo com o vereador William Siri, responsável pelo projeto, a implantação do modelo de “Cidade Esponja” representa uma evolução em relação às práticas convencionais de gestão das águas pluviais. Para ele, além de reduzir os riscos de inundação, a iniciativa também contribui para a melhoria da qualidade da água, ampliação da disponibilidade hídrica e mitigação dos efeitos das ilhas de calor, promovendo, assim, um ambiente urbano mais saudável e sustentável.
Por outro lado, o prefeito Eduardo Paes decidiu vetar o parágrafo 5º do artigo 3º da lei, que propunha a implementação de bueiros ecológicos para impedir a entrada de lixo nas galerias pluviais subterrâneas. Com isso, o texto do projeto retornará à Câmara dos Vereadores do Rio para uma nova análise e possíveis ajustes.
Com a aplicação do conceito de “cidade esponja”, o Rio de Janeiro dá mais um passo rumo a uma gestão urbana mais inteligente e sustentável, visando a proteção do meio ambiente e o bem-estar da população local.
