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Juiz decide que Meta enfrentará ação judicial por adicionar recursos ao Instagram para viciar usuários jovens e ignorar impacto na saúde mental

Juiz determina que Meta enfrente ação judicial em Massachusetts

Uma decisão judicial recente do Tribunal Superior do Condado de Suffolk, em Boston, determinou que a empresa Meta, dona do Instagram, seja processada pelo estado de Massachusetts, nos Estados Unidos. A ação alega que a empresa deliberadamente adicionou recursos à plataforma do Instagram para viciar jovens usuários, além de enganar o público sobre os impactos negativos da rede social na saúde mental dos adolescentes. A procuradora-geral de Massachusetts, Andrea Joy Campbell, acusa a Meta de violar a lei estadual de proteção ao consumidor e gerar incômodo público.

Apesar da negação da Meta em relação às acusações, o juiz Peter Krupp rejeitou o pedido da empresa para arquivar as acusações, tornando a decisão pública nesta sexta-feira. A Meta afirma ter desenvolvido ferramentas para apoiar pais e adolescentes que utilizam o Instagram, mas a procuradoria contesta essas alegações.

Essa decisão judicial em Massachusetts vem logo após um juiz federal na Califórnia ter rejeitado um pedido da Meta para descartar processos de mais de 30 estados que a acusam de contribuir para problemas de saúde mental entre adolescentes ao tornar suas redes sociais viciantes. Massachusetts foi um dos poucos estados a entrar com ações judiciais na esfera estadual, em vez da federal, demonstrando a gravidade das acusações contra a Meta.

O processo judicial alega que os recursos do Instagram, como notificações, “curtidas” e rolagem infinita, foram intencionalmente projetados para lucrar com as vulnerabilidades psicológicas dos adolescentes. A empresa é acusada de ignorar evidências internas que indicavam os impactos negativos da plataforma na saúde mental dos jovens.

Esta decisão ocorre em um momento em que outras plataformas, como o TikTok, também estão enfrentando investigações semelhantes. No início de outubro, quatorze estados americanos processaram o TikTok, acusando-o de criar um software viciante e de deturpar informações sobre sua moderação de conteúdo. As alegações feitas contra o TikTok envolvem funções como filtros de beleza, rolagem infinita de vídeos e reprodução automática.

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