Crescimento econômico chinês abaixo do esperado: Xi Jinping não se preocupa tanto com PIB quanto com prosperidade comum

XI Jinping e a economia chinesa: reflexões sobre o cenário atual

Ao longo dos últimos meses, as manchetes sobre a economia chinesa têm sido predominantemente negativas. Nesta semana, mais uma notícia impactante veio à tona: o crescimento econômico da China foi de apenas 4,6% no último trimestre, ficando aquém das expectativas e dificultando a meta de crescimento de 5% para 2024.

Apesar dos esforços do governo chinês, como o lançamento de um pacote de incentivos fiscais em setembro, os resultados positivos podem demorar a se materializar. A preocupação com a gestão econômica do país tem sido recorrente, levantando questionamentos sobre a capacidade do presidente Xi Jinping em lidar com a situação de forma eficaz.

Embora haja críticas quanto à abordagem de Xi Jinping em relação à economia, é importante considerar que o líder chinês tem priorizado outras questões, como a saúde e o bem-estar da população. Durante a pandemia, Xi demonstrou estar disposto a sacrificar o crescimento econômico em prol da segurança e da saúde dos cidadãos.

O foco de Xi Jinping em promover a “prosperidade comum” em vez de permitir que alguns acumulem riquezas também marca uma mudança significativa na política do Partido Comunista Chinês. Sua abordagem é mais voltada para fortalecer o país como um todo, em vez de buscar a superação dos Estados Unidos ou a busca por uma supremacia econômica global.

Historicamente, a China já experimentou períodos de grande prosperidade econômica, como na Dinastia Song, que floresceu cultural e cientificamente, mas enfrentou desafios estruturais internos que enfraqueceram seu poder militar e político. Nesse sentido, Xi Jinping tem sido reconhecido por evitar falhas sistêmicas que poderiam comprometer a estabilidade do Partido Comunista Chinês a longo prazo.

Assim, apesar das críticas à sua gestão econômica, Xi Jinping é respeitado dentro do partido por sua capacidade de manter a coesão e a força da legenda, mesmo que isso signifique sacrificar os ganhos econômicos de uma classe média ávida por enriquecimento.

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