Na última quarta-feira, durante um discurso impactante, o embaixador do Brasil na OMS, Tocar Nunes da Silva, reiterou seu forte apoio aos palestinos, ao mesmo tempo em que se distanciou do posicionamento de Israel em relação ao conflito na região.
“Estamos seriamente preocupados com os dados alarmantes que indicam que, em 3 de maio, apenas 33% dos 36 hospitais em Gaza e 30% dos centros de saúde primária estavam operacionais”, declarou o representante brasileiro.
Os recentes ataques em Rafah agravaram ainda mais a situação, colocando em risco o acesso a alimentos, água e serviços de saúde e saneamento, o que terá consequências devastadoras para a população local.
Para Nunes da Silva, o conflito mais recente apenas intensificará as necessidades urgentes e cada vez mais negligenciadas do povo palestino, que sofre há décadas com a ocupação e a ausência de autonomia e soberania efetiva.
O governo brasileiro também ressaltou os desafios enfrentados na área da saúde, citando a incapacidade de dimensionar adequadamente o sistema de saúde, as dificuldades na aquisição de insumos essenciais, a falta de treinamento para profissionais de saúde e as restrições à mobilidade de pacientes e trabalhadores da saúde.
Além disso, o Itamaraty manifestou seu apoio à Organização Mundial da Saúde, enaltecendo o trabalho heróico realizado nos territórios palestinos ocupados, em condições extremamente adversas, para garantir a prestação de serviços de saúde e o fornecimento de suprimentos, bem como a evacuação de pacientes.
