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Apagão na Granja Viana deixa moradores sem sinal de celular, internet e energia elétrica por quatro dias, causando prejuízos e transtornos.

A falta de sinal de celular e internet forçou o casal a buscar alternativas para conseguir trabalhar e se manter conectados. Lucio e Benito decidiram se hospedar em um hotel em Alphaville. “Precisamos tomar banho quente e ter acesso à internet para continuar trabalhando”, explica Lucio. “Temos a sorte de poder pagar por isso, mas nos sentimos impotentes. Não importa se moramos em uma área nobre ou na periferia, o apagão nos atingiu da mesma forma”.

Luciana de Almeida Quintanilha, de 58 anos, também teve que lidar com as consequências do apagão sozinha, em meio a um tratamento de câncer. Moradora da Granja Viana desde 2014, Luciana, perita criminal aposentada, relata o medo e a insegurança de ficar dias no escuro. “A falta de luz me deixou muito vulnerável. Sem energia, fiquei isolada, sem telefone e sem internet para pedir ajuda se fosse necessário”, conta. Para ela, o apagão também trouxe prejuízos materiais significativos. “Perdi tudo que estava no freezer e precisei comprar gelo para tentar salvar o que restava na geladeira. Sem falar nos banhos de canequinha, uma situação humilhante para quem paga caro para viver em um lugar como este”.

A situação de Luciana foi agravada pela falta de resposta e planejamento da Enel, a concessionária de energia. “Já passamos por situações de queda de luz antes, mas nunca dessa magnitude. É inadmissível que em 2024 ainda estejamos tão desprotegidos em uma área como a Granja Viana”, desabafa.

Felipe Rossi Camargo, advogado de 26 anos, que se mudou recentemente para a Granja Viana, diz ter entrado em pânico ao saber do apagão. “Estávamos jantando fora quando começamos a receber mensagens no grupo do condomínio sobre a queda de energia”, relata Felipe. “Entramos em pânico, pois nosso cachorro, Gregório, estava sozinho em casa. Corremos de volta, mas demoramos mais de duas horas para chegar por causa do trânsito na Raposo Tavares”.

Ao chegar em casa, Felipe e sua noiva, Lorena, encontraram o telhado da casa danificado, além de prejuízos com alimentos. “Nosso telhado foi afetado, e tínhamos muita comida para um churrasco no dia seguinte. Para evitar maiores perdas, levamos o que restou de comida no freezer para a casa dos meus pais em São Paulo.” Felipe critica a falta de preparo da Enel para lidar com a situação. “Eles ganharam uma licitação para gerir a energia em São Paulo, deveriam estar prontos para uma crise como essa. O apagão mostrou uma total desorganização”.

Telhado de casa de alto padrão na Granja Viana foi arrancado durante temporal que deixou região sem energia por quatro dias
Telhado de casa de alto padrão na Granja Viana foi arrancado durante temporal que deixou região sem energia por quatro dias
Imagem: Arquivo Pessoal

Falta de energia afeta moradores da Granja Viana

No início deste mês, a região da Granja Viana, em São Paulo, foi atingida por um apagão que deixou diversos moradores sem energia elétrica e serviços de telecomunicações, como sinal de celular e internet. A falta de preparo e resposta rápida das concessionárias de energia foi um dos principais problemas enfrentados pelos residentes locais.

O casal Lucio e Benito, em busca de condições para continuar trabalhando, precisou se hospedar em um hotel em Alphaville, onde tinham acesso a banho quente e internet. Mesmo em uma área nobre como a Granja Viana, a falta de luz afetou a rotina e a produtividade de muitos moradores.

Luciana de Almeida Quintanilha, perita criminal aposentada, enfrentou o apagão sozinha durante seu tratamento de câncer. A falta de energia a deixou vulnerável e sem acesso a comunicações, o que a deixou receosa e insegura em uma situação já delicada.

A falta de resposta adequada da Enel, concessionária de energia, foi uma das críticas feitas pelos moradores. Luciana afirmou que nunca tinha passado por uma situação tão grave de falta de energia, evidenciando a fragilidade do sistema elétrico local.

O advogado Felipe Rossi Camargo também vivenciou os impactos do apagão. O susto de receber as notícias sobre a queda de energia enquanto jantava fora, somado à preocupação com seu cachorro deixado em casa, gerou apreensão e correria para voltar para casa.

Os danos materiais também foram grandes, com telhados danificados e perdas de alimentos devido à falta de energia. A falta de preparo das concessionárias como a Enel foi duramente criticada pelos moradores, que esperam uma melhor gestão de crises no futuro.

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