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Racismo em prova da Uerj gera polêmica: fiscal pede que candidatas negras prendam cabelos para evitar trapaça.

No último domingo, um caso de racismo chocou os candidatos do programa de Serviço Social da Residência Saúde 2025, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). De acordo com a direção da Faculdade de Serviço Social (FSS), um fiscal da prova exigiu que as candidatas negras prendessem seus cabelos em uma das salas de aplicação do exame, alegando que os cabelos volumosos poderiam esconder celulares e outros materiais.

A atitude discriminatória gerou indignação e revolta não só nas candidatas afetadas, mas também em toda a comunidade acadêmica. O Centro de Produção da Uerj (Cepuerj), órgão responsável pelo processo seletivo, optou por anular todas as provas, alegando que o episódio violou diretamente a isonomia. Uma nova data para a realização do exame foi marcada para o dia oito de dezembro.

Em comunicado oficial, o Cepuerj manifestou repúdio a qualquer forma de discriminação racial e afirmou que os envolvidos no incidente foram imediatamente afastados do local de prova e permanentemente removidos das atividades de fiscalização. A Faculdade de Serviço Social também se pronunciou sobre o caso, destacando que o preconceito racial é uma realidade que afeta as pessoas negras no cotidiano, e que é necessário adotar medidas institucionais firmes para combater essa prática abominável.

A direção da faculdade ressaltou a importância de acolher as pessoas afetadas pelo racismo, recorrer aos recursos legais disponíveis e implementar estratégias para evitar que episódios semelhantes se repitam no futuro. A sociedade e as autoridades acadêmicas estão atentas e empenhadas em garantir um ambiente educacional inclusivo e livre de preconceito, onde todos os alunos possam se sentir respeitados e valorizados, independentemente de sua cor de pele.

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