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Governo de Lula cria grupo de trabalho para discutir taxa de juros com bancos em busca de redução até o fim do ano.

Governo de Lula anuncia grupo de trabalho para discutir redução de juros com bancos

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) divulgou, nesta quarta-feira (16), a criação de um grupo de trabalho em parceria com representantes dos bancos para debater maneiras de diminuir a taxa básica de juros.

A proposta foi anunciada durante uma reunião realizada no Palácio do Planalto, na qual estiveram presentes o chefe de governo, a direção da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e representantes das principais instituições bancárias do país.

O grupo de trabalho será estabelecido ainda este mês e fará parte do Conselhão, o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que reúne membros do governo e da sociedade civil. O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) expressou sua expectativa de que, até o término do ano, sejam feitos “anúncios de produtos intermediários” relacionados ao tema.

Participaram da reunião dirigentes como Sidney, presidente da Febraban, além de outros representantes de grandes bancos como Itaú, Bradesco, Santander Brasil e BTG. Do lado do governo, estiveram presentes os ministros Alexandre Padilha e Fernando Haddad, que posteriormente conversaram com a imprensa sobre o encontro.

Sidney explicou que a iniciativa de formar um grupo de trabalho partiu da própria Febraban, sendo posteriormente aceita pelos ministros Padilha e Haddad, e autorizada pelo presidente Lula. O presidente da Febraban ainda defendeu a posição dos bancos em relação aos juros, destacando que taxas elevadas geram inadimplência e que a intenção do setor é promover um ambiente de crédito saudável, favorecendo famílias e empresas.

O ministro Alexandre Padilha ressaltou a importância de instalar o grupo de trabalho rapidamente, com anúncios previstos já para dezembro. No mês passado, o Copom elevou a taxa básica de juros para 10,75% ao ano, no primeiro aumento durante o terceiro mandato de Lula.

Essa questão dos juros tem sido alvo de críticas por parte do presidente, que também questionou a independência do atual chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, após sua proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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