A denúncia de estelionato envolvendo uma Porsche ganhou destaque recentemente. Segundo relatos, ao fazerem a abordagem, os agentes informaram ao motorista que o veículo estava envolvido em um caso suspeito e passaram a intimidá-lo. O que se seguiu foi um ato de violação e coação por parte dos policiais. Leandro, um dos agentes, teria tomado o celular de Allison, o motorista, e bisbilhotado todas as informações contidas no aparelho, incluindo fotos, conversas no Whatsapp e até mesmo dados bancários. O objetivo era verificar os valores disponíveis na conta de Allison. Enquanto isso, seu parceiro Elton realizava uma busca minuciosa na Porsche, sem a presença do motorista.
De acordo com os dados apresentados pelo Ministério Público de São Paulo, os agentes exigiram que Allison pagasse uma quantia de R$ 20 mil em dinheiro para ser liberado. Diante da negação do motorista, Leandro fez uma investigação rápida na internet e descobriu o valor de um relógio que Allison usava, estimado em cerca de R$ 5 mil.
Com a recusa de Allison em efetuar o pagamento exigido, o policial teria ameaçado o motorista com uma arma para forçá-lo a entregar o relógio como forma de pagamento. Além disso, os agentes afirmaram que entrariam em contato posteriormente para informar a quantia exata que deveria ser entregue a eles. Ao final da abordagem, os policiais deixaram o local levando consigo R$ 1,6 mil e o relógio da vítima.
Para evitar serem identificados, Elton e Leandro retiraram suas identificações e as câmeras portáteis durante a abordagem, aumentando a gravidade da situação.
Casa da vítima
Além dos ocorridos durante a abordagem, a denúncia do Ministério Público de São Paulo revelou que os policiais continuaram a pressionar Allison, enviando mensagens e até mesmo indo até a casa do motorista no dia seguinte. O comportamento dos agentes levanta questionamentos sobre abuso de poder e violação dos direitos do cidadão.
