
Neste domingo, a praça Shahbagh, no centro de Daca, em Bangladesh, foi tomada por milhares de pessoas, algumas armadas com pedaços de pau. Confrontos foram registrados em várias ruas da capital e em outras cidades importantes do país, conforme informou a polícia local.
De acordo com o chefe de polícia Al Helal, houve confrontos entre estudantes e membros do partido governista. Um outro agente, sob condição de anonimato, descreveu Daca como um “campo de batalha”.
Em situações anteriores, as forças militares e a polícia reprimiram os protestos, mas desta vez, em diversos casos, não intervieram para conter as manifestações.
Um ex-comandante do Exército, Ikbal Karim Bhuiyan, emitiu um comunicado exigindo a retirada das tropas do governo das ruas e defendendo a realização dos protestos. Ele e outros ex-oficiais de alta patente condenaram os atos de violência, tortura e detenções em grande escala.
As manifestações tiveram início com estudantes mobilizados contra uma norma que facilitava o acesso ao emprego público para os filhos de veteranos de guerra. Embora o Supremo Tribunal tenha suavizado a regra, ela não foi totalmente revogada.