No dia 15 de setembro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) referente ao mês, revelando que as estimativas para as produções de soja, milho e sorgo tiveram reduções significativas. Esses dados impactaram a revisão para baixo na estimativa da safra agrícola brasileira em setembro, quando comparada com o mês de agosto.
Segundo o IBGE, a safra agrícola de 2024 deverá totalizar 295,1 milhões de toneladas, representando uma queda de 6,4% em relação ao desempenho do ano anterior. Esse número é 1,2 milhão de toneladas menor do que o previsto no mês de agosto, o que corresponde a uma redução de 0,4%.
O gerente do LSPA, Carlos Barradas, destacou que a safra de 2024 tem sido prejudicada por períodos de seca prolongados, afetando principalmente os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Paraná. As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em abril e maio também tiveram impacto negativo na produção. Apesar disso, a produção gaúcha apresenta crescimento em relação ao ano anterior.
Em contrapartida, houve aumento nas estimativas de produção de batata 2ª safra, sorgo, algodão herbáceo, batata 3ª safra, feijão 3ª safra, feijão 2ª safra e milho 2ª safra em agosto. Destaca-se que a produção de algodão herbáceo alcançou um novo recorde histórico em setembro, com uma estimativa de 8,8 milhões de toneladas, representando um aumento de 2,7% em relação aos dados de agosto.
Por outro lado, as estimativas de laranja, cevada, trigo, café canephora, cana-de-açúcar, aveia, tomate, uva, feijão 1ª safra, soja, milho 1ª safra e café arábica foram reduzidas em setembro. Esses dados refletem as oscilações na produção agrícola brasileira e a influência de fatores climáticos e de mercado.
