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Presença de Milei em reunião organizada por Lula gera polêmica entre líderes sul-americanos e impacta relações diplomáticas regionais

A Controvérsia da Presença de Milei em Reunião com Lula

Recentemente, a presença do presidente argentino Milei em uma reunião organizada por Lula causou alvoroço nos círculos políticos. Essa informação foi revelada aos legisladores pelo embaixador argentino em Brasília, Guillermo Daniel Raimondi, e posteriormente confirmada à imprensa por Federico Pinedo, coordenador da “Unidade G20” da chancelaria argentina, responsável pela organização da participação do país na reunião das 20 maiores economias do mundo.

Essa atitude de Milei marca uma guinada pragmática na agenda externa do presidente argentino. Durante a campanha eleitoral de 2023, Milei afirmou que não teria relações pessoais com “comunistas”, incluindo Lula e o presidente chinês, Xi Jinping.

Em relação a Lula, Milei chegou a classificá-lo como “corrupto”, o que levou o ex-presidente brasileiro a recusar o convite para participar da posse do argentino, em dezembro de 2023, e a pedir publicamente um “pedido de desculpas”. No entanto, Milei não apenas se negou a atender ao pedido, considerando-o “de um pré-adolescente”, como também argumentou que era Lula quem deveria se retratar por interferir na campanha eleitoral argentina em favor do candidato rival, Sergio Massa.

Lula chegou a afirmar durante a campanha argentina que era essencial ter um presidente que valorizasse a democracia, as instituições, o Mercosul e a América do Sul. Por sua vez, Milei acusou Lula de participar de uma campanha negativa contra ele, conduzida a partir do Brasil por “marketeiros” na campanha de Massa.

Diante dessa controvérsia, o presidente argentino chegou a cancelar sua participação na reunião de cúpula do Mercosul em junho passado, em Assunção, no Paraguai, para evitar um encontro com Lula. O embate político entre os dois líderes promete continuar gerando discussões nos próximos dias.

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