Senador questiona exclusão de mensagens em celular de general que comandava GSI durante ataques às sedes dos três Poderes
Izalci destacou que o celular do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo, continha mais de 126 páginas de diálogos com o celular pessoal de G. Dias. Durante essas conversas, Saulo teria afirmado que ligou para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando-lhe sobre os acontecimentos. No entanto, todas essas supostas mensagens foram apagadas do dispositivo.
O senador também solicitou a quebra de sigilo do ministro da Justiça, Flávio Dino, com o intuito de investigar quem recebeu os alertas emitidos pela Abin sobre os possíveis ataques. Na opinião de Izalci, o governo federal poderia ter evitado as invasões se tivesse compartilhado as mensagens enviadas pela agência.
Além disso, o parlamentar criticou a atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar os acontecimentos do dia 8 de janeiro. Segundo Izalci, a comissão foi “sequestrada pela base do governo”, sugerindo que o relatório já estaria pronto previamente, e que agora estão buscando justificativas para fundamentar o que já foi escrito.
A CPMI do 8 de Janeiro foi estabelecida para investigar as circunstâncias dos atos violentos ocorridos no início deste ano nos arredores do Congresso Nacional. Os trabalhos da comissão têm gerado intensos debates e opiniões divergentes entre os parlamentares.
É importante ressaltar que o senador Izalci Lucas tem sido um dos principais críticos em relação ao ocorrido no dia 8 de janeiro. Ele tem buscado esclarecer os fatos, com o objetivo de garantir transparência e responsabilização pelos eventos ocorridos.