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Senador questiona exclusão de mensagens em celular de general que comandava GSI durante ataques às sedes dos três Poderes

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) levantou questionamentos nesta segunda-feira (11), em pronunciamento no Plenário, sobre a exclusão das mensagens contidas no celular particular do general Marco Edson Gonçalves Dias, que estava no comando do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no momento dos ataques às sedes dos três Poderes. De acordo com o parlamentar, o aparelho foi submetido à perícia da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que não encontrou nenhuma mensagem anterior a 1º de maio.

Izalci destacou que o celular do ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo, continha mais de 126 páginas de diálogos com o celular pessoal de G. Dias. Durante essas conversas, Saulo teria afirmado que ligou para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, informando-lhe sobre os acontecimentos. No entanto, todas essas supostas mensagens foram apagadas do dispositivo.

O senador também solicitou a quebra de sigilo do ministro da Justiça, Flávio Dino, com o intuito de investigar quem recebeu os alertas emitidos pela Abin sobre os possíveis ataques. Na opinião de Izalci, o governo federal poderia ter evitado as invasões se tivesse compartilhado as mensagens enviadas pela agência.

Além disso, o parlamentar criticou a atuação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) criada para investigar os acontecimentos do dia 8 de janeiro. Segundo Izalci, a comissão foi “sequestrada pela base do governo”, sugerindo que o relatório já estaria pronto previamente, e que agora estão buscando justificativas para fundamentar o que já foi escrito.

A CPMI do 8 de Janeiro foi estabelecida para investigar as circunstâncias dos atos violentos ocorridos no início deste ano nos arredores do Congresso Nacional. Os trabalhos da comissão têm gerado intensos debates e opiniões divergentes entre os parlamentares.

É importante ressaltar que o senador Izalci Lucas tem sido um dos principais críticos em relação ao ocorrido no dia 8 de janeiro. Ele tem buscado esclarecer os fatos, com o objetivo de garantir transparência e responsabilização pelos eventos ocorridos.

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